A segunda reunião da Comissão de Assuntos Metropolitanos, da Assembleia Legislativa, foi realizada nesta quarta-feira, dia 30 de março, na Câmara Municipal de Fazenda Rio Grande. O encontro itinerante acabou se transformando numa soma de esforços políticos para a realização das obras de duplicação da rodovia BR-116 e região.
Deputados, prefeitos, vereadores, empresários e comunidade. Todos reunidos discutiram as propostas e sugestões da grande metrópole.
O presidente da Comissão e deputado estadual, Toninho Wandscheer (PT) abriu os trabalhos. “Sem o esforço conjunto dos municípios envolvidos junto com a Comec e o Governo do Estado fica impossível realizar essa obra”, disse Wandscheer.
Junto com ele, o deputado Antonio Anibelli Neto (PMDB), que integra a Comissão, falou sobre a importância da discussão dos projetos junto à sociedade. “É com a força dessa Comissão, que vamos melhorar a vida da região metropolitana. É preciso pressão para concluir a tão sonhada duplicação”, falou.
Também integram a comissão os deputados Osmar Bertoldi (DEM), Eduardo Cheida (PMDB), Mara Lima (PSDB), Gilberto Ribeiro (PSB) e Raska Rodrigues (PV) que não puderam comparecer ao encontro.
PAC da COPA
“O problema nevrálgico da BR-116 existe há 30 anos”, disse o diretor presidente da Comec (Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba), Gil Fernando Bueno Polidoro, iniciando a explanação sobre o PAC da COPA.
Também conhecido como PAC da Mobilidade Urbana, o programa contempla as obras da duplicação da BR-116 e a extensão da Linha Verde Sul até a divisa do município de Fazenda Rio Grande. Vale lembrar que a Concessionária OHL, que assumiu a rodovia através de concessão, vai executar as duas pistas da duplicação e o Governo do Estado, o corredor metropolitano. As obras são financiadas pelo governo federal.
Segundo a Comec, os recursos que somam R$ 241 milhões, também serão usados para execução de projetos viários em Curitiba e região metropolitana. Estão previstos no PAC da Copa o corredor da rodovia da Uva PR-417 à BR-116, com 11 km; o corredor da BR-116 até o Contorno Leste, com 36 km, além de estudos e projetos de engenharia das vias radiais de integração metropolitana (Colombo-Curitiba e Pinhais-Curitiba), estudos e projetos para implantar os corredores Marechal Floriano e Aeroporto/Rodoferroviária.
De acordo com a Comec, as obras do Corredor Metropolitano estão divididas em três lotes. O terceiro lote diz respeito às obras do corredor de Fazenda Rio Grande, que contará ainda com duas trincheiras, viadutos e passagens de nível. “Foi feita uma licitação, mas como foi deserta, ou seja, não compareceu nenhum interessado à sessão pública, está sendo preparada uma nova licitação. Por causa disso, as obras devem atrasar”, explicou Polidoro.
Prazos
A Comec está acompanhando o cronograma de trabalhos. “O prazo para conclusão das obras até Fazenda Rio Grande seria até a Copa das Confederações, realizada em 2013. Mas como houve esse problema com a licitação, as obras devem ser finalizadas em 2014, quando acontece a Copa do Mundo”, adiantou o diretor técnico.
Governo Federal
O presidente da Comissão, deputado Toninho Wandscheer, não se esqueceu de mencionar o apoio que tem recebido da senadora Gleisi Hoffmann (PT) para levar a duplicação da rodovia BR-116 até Rio Negro. “Precisamos da ajuda do governo federal para avançarmos com a obra. A ideia é promover o desenvolvimento regional, criando uma ligação da rodovia até o sistema portuário de Santa Catarina. O projeto favorece toda nossa região metropolitana. Por isso é tão importante a união de todos”, disse Toninho.
Em tempo
No encontro, a Comissão também destacou os esforços para integrar os municípios de Rio Negro, Piên e Campo do Tenente na região metropolitana. “Fora da região metropolitana, o município de Piên deixa de ter o mesmo atendimento que os outros municípios que compõe a RMC. Além disso, as cidades de Rio Negro e Campo do Tenente também sofrem por não fazer parte deste grupo”, explicou o deputado.
Paralelo aos assuntos da duplicação, o deputado Toninho Wandscheer apontou uma solução para os dois terminais de ônibus de Fazenda Rio Grande. Um está em funcionamento e o outro, o mais antigo, funciona como ponto de ônibus apenas para desembarque dos passageiros. Para Toninho, com ajuda dos poderes públicos e da iniciativa privada é possível interligar os terminais. “A ideia é criar um corredor subterrâneo e usar esse espaço, como se fosse uma galeria com lojas”, explicou.
Ao final da reunião, o presidente da Comissão agradeceu a presença de todos e foi aberto o debate. Na ocasião, moradores de Fazenda Rio Grande e cidades vizinhas fizeram inúmeros pedidos à Comissão de Assuntos Metropolitanos.
Presença
Participaram autoridades dos municípios de Fazenda Rio Grande, Mandirituba, Quitandinha, Campo do Tenente, Piên e Rio Negro, diretor técnico da Comec, Sandro Setim, diretor do Ippuc, Ricardo Bindo, diretora de projeto do Ippuc, Celia Bim, Gastão Gonchorovski, representando a Faciap, entidades comerciais e a comunidade.
